A _ cor _ dar , é preciso !
terça-feira, março 11, 2014
Côr de ... onde me doi
Toca-me onde me dói e verás
uma flor a abrir-se lentamente
sobre a pele .
Toca-me
por isso devagar , não me lembro
da primavera que fez nascer a
doença sobre a ferida , não sinto
o recorte da cicatriz que o tempo pousou nela .
Agora chama-me ao peito com as as mãos ,
diz o meu nome com os dedos a serem rios
que latejam no coração adormecido .
Não adivinhes . . .
lá , onde me doer , vou recordar-me .
Maria do Rosário Pedreira[ c/ alguns cortes ]
imagem _ Pam Awkes _
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3 comentários:
Sensibilidade profunda, até ao âmago...
Maria do Rosário Pedreira é uma grande poetisa.
Beijo :)
A cor do matrimónio é dificil de definir; é cheia de matizes onde todas as cores se misturam e dessa mistura, sai a cada dia uma tela diferente e sempre com um emaranhado de cores; o melhor é considerarmos que assim tem de ser; uma tela de uma cor só pintada por duas mãos, creio que será difícil. Já a cor de onde me doi, essa, define-se bem e só pode variar entre o cinza e o preto; não há nuances claras a colocar na tela da dor. Beijinhos, amiga e...gostei muito! Obrigada,
Emília
Sabes, deixas-te-me a pensar:não consigo encontrar cor para exprimir a dor! Gostei da sensibilidade do poema.
beijinhos
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