Há
noites , quando os lobos se calam , escuta -se o uivo do vento , misturado com as vozes dos que com ele falam , dos visionários , dos excluídos , dos rejeitados , dos apelidados de loucos , dos que ainda acreditam nos sentimentos puros , dos que ainda se comovem , dos que ainda sonham , dos que são julgados e desprezados , dos heróis esquecidos , dos vagabundos , dos que não têm medo de dizer o que pensam , enfim , dos homens de coração .
Mas só quando o vento uiva , e há luar .
3 comentários:
Gostei de ler, Maria.
(Fartei-me de procurar uma imagem para o texto que publiquei hoje, e esta, se a visse, provavelmente seria escolhida)
Um beijinho :)
Belissimo texto, amiga!
Esperemos que os uivos se oiçam e façam tremer os Senhores do Mundo!
Abraço estreito, Maria.
Não sei se me inquieta mais o uivar dos lobos (ouvi poucas vezes e era criança) ou o uivar do vento.
Tenho uma janela que se ficar entreaberta uiva que se farta. Quando ela uiva e me vou inteirar da tempestade quase sempre vejo que é ilusão. A tempestade não é mais do que uma fresta por cerrar.
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