A _ cor _ dar , é preciso !
Côr da gata que me quis
Há um deus único e secreto
em cada gato inconcreto
governando um mundo efémero
onde estamos de passagem .
Um deus que nos hospeda
nos seus vastos aposentos
de nervos, ausências, pressentimentos,
e de longe nos observa .
Somos intrusos, bárbaros amigáveis,
e compassivo o deus
permite que o sirvamos
e a ilusão de que o tocamos .
Manuel de Pina
foto da Joana
1 comentário:
Tão bela a poesia de Manuel António Pina. Tão belos, os poemas e o amor que ele dedicou aos seus gatos
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