Não
escutemos sómente as línguas ,
interroguemos as mãos .
Elas não conseguem mentir , mesmo refugiadas na gruta recôndita das algibeiras.
Gosto de mãos e de sentir a sua energia e a estória que atravessam no momento .
Há as tristes como flores murchas , e as cerradas a comprimir a raiva e a dor .
Há as erguidas como muralhas .
Há as que dizem em silêncio .
Há as que mesmo à distância seguram quem está prestes a tropeçar, mãos aconchegantes , e que juntam as suas para beberem a tristeza dos outros .
Já senti muitas mãos nas minhas. E, com elas , consegui tocar o impalpável .
Nunca esqueci as mãos das pessoas que amei.
Sinto algumas como se fossem minhas.
Sinto algumas como se fossem minhas.
imagem _ René Magritte _
2 comentários:
É verdade, amiga, as mãos podem ser o inferno e o paraíso, mas pensemos positivo, acordemos!
Obrigada pela sua passagem pelo meu blogue e votos deixados, mas só começo as férias (sou professora, creio que já lhe tinha dito)no início de agosto, embora a melhor definição de férias para mim é não ir ao local de trabalho. Não gosto de viajar, por estranho que pareça.
A pausa no meu blogue deve-se ao imenso trabalho, k tenho de desenvolver e não a descanso.
Beijos e boa semana.
Nem tudo são flores. Mas o que temos nas mãos podem ser aproveitadas como se fosse! AbraçO
Enviar um comentário