A _ cor _ dar , é preciso !


sábado, julho 12, 2014

Côr de gargalhada




    
Na
noite  passada ,   sonhei   com   o   meu   Avô   paterno .
O   homem   que   tentou   ensinar -  me   a   rir .  Junto  dele  conseguia ,  mas  só  junto  dele .
_ Devias   ter   deixado ,  como  herança ,  a  tua  gargalhada  _

Deu - me   a  maior   sova   que   apanhei   em  criança . 
Resolvi   nadar  ,  sem  roupa ,  no   tanque   dos   patos  .

As   estórias   que   contava   e   o   amor   com   que  o  fazia ,  superaram   as  palmadas  .

Nas   ditas   estórias ,  inventadas   no  momento ,  havia  , sempre ,  bruxas ,  princesas ,  animaizinhos   e   bailes   com  bela  música . . .

_ Hó   Avô   com
o   agradeço   a  magia   que  introduzistes  na   minha   vida   e  o   tentares   que  gargalhasse  como   Tu  _  .


Há  ,
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2 comentários:

Luis Filipe Gomes disse...

Gosto muito do Shostakovich.
As Avós, os Avôs, são muito importantes. São a nossa ligação com o tempo mais remoto, o da nossa memória e o da memória deles. São a nossa ligação à história contada na primeira pessoa. Os seus gestos para connosco são da maior importância, mesmo que nem eles nem nós o saibamos.

São disse...

Apesar das palmadas, valeu a pena ter um avô assim.

Meu Pai perdeu a mãe antes de casar e do pai dele só tenho a imagem de um homem à porta que dava para o quintal olhando para mim sem um sorriso sequer.

O meu avô materno era uma delícia, mas estava muito longe e só veio para junto de mim quando eu própria tinha já o meu filho.

A minha avó materna era o que a minha mãe também era: pessoas que não tinham nem sensibilidade bem amor para dar.

Bom domingo, Maria