Na
noite passada , sonhei com o meu Avô paterno .
O homem que tentou ensinar - me a rir . Junto dele conseguia , mas só junto dele .
_ Devias ter deixado , como herança , a tua gargalhada _
Deu - me a maior sova que apanhei em criança .
Resolvi nadar , sem roupa , no tanque dos patos .
As estórias que contava e o amor com que o fazia , superaram as palmadas .
Nas ditas estórias , inventadas no momento , havia , sempre , bruxas , princesas , animaizinhos e bailes com bela música . . .
_ Hó Avô como agradeço a magia que introduzistes na minha vida e o tentares que gargalhasse como Tu _ .
Há ,
e
aparece mais vezes !
2 comentários:
Gosto muito do Shostakovich.
As Avós, os Avôs, são muito importantes. São a nossa ligação com o tempo mais remoto, o da nossa memória e o da memória deles. São a nossa ligação à história contada na primeira pessoa. Os seus gestos para connosco são da maior importância, mesmo que nem eles nem nós o saibamos.
Apesar das palmadas, valeu a pena ter um avô assim.
Meu Pai perdeu a mãe antes de casar e do pai dele só tenho a imagem de um homem à porta que dava para o quintal olhando para mim sem um sorriso sequer.
O meu avô materno era uma delícia, mas estava muito longe e só veio para junto de mim quando eu própria tinha já o meu filho.
A minha avó materna era o que a minha mãe também era: pessoas que não tinham nem sensibilidade bem amor para dar.
Bom domingo, Maria
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