A _ cor _ dar , é preciso !


domingo, junho 29, 2014

Côr de lêr passados
















Lilaz ,
a    mulher   que   lê   passados  !



Mas  que   vive  ,  calmamente ,  o   presente ,  sem  ânsias do  futuro .  






imagem  _  Luis  filipe  Gomes  _

sexta-feira, junho 27, 2014

Côr de o certo






























A
Existência   é   magnífica !

Passa ,  uma  pessoa ,  anos  , numa   incerteza . . .
_  Foi   o   certo   ou   o   errado  ? _
No  momento   exacto   em   que   a  concepção  de   errado  ia   tomar   forma ,  aparece ,  como  por magia ,  escrito , para não   haver  dúvidas  . . .    o  certo 

Os  acontecimentos   têm   o   seu   tempo .
Haja   paciência   para   aceitar   as  regras .
Amem








imagem  _   Cristian  LAubadere  _

quinta-feira, junho 26, 2014

Côr de não sabia




















Tu eras a pessoa mais antiga que eu jamais 
conheci. 
Eras a monotonia de meu  amor  eterno ,  e   
eu  não  sabia .
Eu tinha por ti o tédio que sinto nos feriados.
Era como a água escorrendo numa fonte de 

pedra , e os anos demarcados  na  sua  lisura  .
O  musgo entreaberto  pelo  fio  de  água  
correndo . 
E o presente disponível. 

E minha libertação lentamente  entediada ,  a  fartura  do corpo  que   pede  e   não  precisa .
Eu  não  sabia  que  aquilo era amor delicado . 
E me parecia o tédio . . . 





Clarice  Lispector  _    A  paixão  segundo  G.H.  excerto _
imagem  _  Catrin   Arno _


e
me  pareceu  o  tédio  . . .


terça-feira, junho 24, 2014

Côr de S. João




















Mãos nas mãos , dedos  nos dedos
entrelaçados  assim  . . .
Vinte bicas  de  segredos
De  duas  fontes  sem  fim !







Quadra popular de S. João de 1944 
imagem  _  Hieronymus  Bosch _

segunda-feira, junho 23, 2014

Côr de quinze mil





















Não  sei  por  que  diziam  que  uma  humilde 
cidadezinha
tinha , por exemplo ,  umas quinze  mil  almas . . .
Almas ?
Hoje , o que  elas  têm  são  quinze  mil  bocas ,
loucas  de  fome !






Mario  Quintana

imagem  _  Bernard  VerKaaik _

sábado, junho 21, 2014

Côr de Verão













O  Verão 
está sob a influência do arcanjo  Uriel , cujo nome significa  Deus é a minha luz  . Durante o verão, toda a natureza está em fogo , e no  dia 24 de junho , festa de São João Batista , após o solstício de verão , é tradição acender fogos e celebrar com cantos e danças a vitória do calor e da luz. Uriel não é mencionado na tradição cristã e a Igreja não encorajou esta maneira de celebrar o São João, pois essas reuniões de homens e mulheres que cantam, dançam e bebem à roda de um fogo durante t oda a noite acabam muitas vezes em excessos.
O solstício de verão , que se situa no momento em que o sol entra na constelação do Caranguejo , onde Vénus está em exaltação , não é, efetivamente , a festa do fogo espiritual , mas do fogo físico , terrestre.

Uriel  é o  arcanjo de Malhouth , a esfera da terra . . . o fogo sobre o qual ele reina não é só aquele que faz amadurecer os cereais e os frutos , é também o fogo interior do planeta que mantém  toda uma matéria em fusão , na qual se elaboram os metais , os minerais , e 
que foi mesmo assimilada ao inferno.
Em certas tradições , o verão é simbolizado por um dragão que cospe chamas. 

O dragão é precisamente esse animal mítico que , vivendo debaixo da terra , só sai à superfície para queimar , devorar e destruir. Mas ele é também o guardião de todos os tesouros ocultos , as pedras e os metais preciosos, frutos da terra. 
Há também muitas tradições que celebram o herói que foi capaz de deitar por terra o dragão para se apoderar dos seus tesouros. 
São relatos sobre  os  quais  devemos  meditar . . . 
não é pelo facto de o verão libertar as forças subterrâneas 
que devemos deixar-nos 
devorar pelo dragão .







Omraam  Mikaël  Aïvanhov
imagem  _  Ulla  Blomqvist _

terça-feira, junho 17, 2014

Côr de desconfiança





















Que ,
eu   não  permita   que   a   desconfiança   se   instale   em   mim .

Quero   continuar   a   caminhar   sem   receio   dos   tropeços !





imagem   _  Andrew  Ferez  _

segunda-feira, junho 16, 2014

quinta-feira, junho 12, 2014

Côr de forma humana




















Agora é o teu corpo que procura
na orla da floresta , uma fogueira
onde acordar as mãos de forma humana ,
e  resolver  enfim ,  mas para sempre ,
se  ser  o  sacro  emblema  do  horror
ou  o  primeiro  verso  de  um  poema .










Antonio  Franco  Alexandre
Imagem  _  Olaf   Hajel  _

quarta-feira, junho 11, 2014

Côr de Camões e Pessoa

Trezentos  anos separam a morte e o nascimento dos 
dois poetas portugueses 
que melhor interpretaram a nossa identidade  ,  
Luis  de  Camões  e  Fernando  Pessoa .



A próxima sessão do ciclo SEGUNDA SEXTA ÀS SETE   [sexta-feira, 13 de Junho, às 19h, no Edifício AXA ], organizada pela Poetria  e  Cena Poétrica ,  terá como tema "Quadras e canções de amor e bem querer". 
Vão ser apresentadas as quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa e as canções, vilancetes e redondilhas de Camões sobre o amor, em todas as suas vertentes e dimensões . . . o amor sofrido, harmonioso, passageiro, redentor, eterno, desmedido .



A entrada é gratuita. 
NÃO FALTEM  !




Livraria  Poetria ,
Porto

terça-feira, junho 10, 2014

Côr de 10 de Junho
























Cá nesta Babilónia , donde mana
Matéria a quanto mal o mundo cria ,
Cá , onde o puro Amor não tem valia ,
Que a Mãe , que manda mais, tudo profana .
Cá , onde o mal se afina , o bem se dana ,
E pode mais que a honra a tirania .

Cá , onde a errada e cega Monarquia
Cuida que um nome vão a Deus engana .
Cá , neste labirinto , onde a Nobreza ,
O Valor e o Saber pedindo vão
Às portas da Cobiça e da Vileza .

Cá , neste escuro caos de confusão ,
Cumprindo o curso estou da natureza.

Vê se me esquecerei de ti , Sião
!











Luis  Vaz   de  Camões
imagem  _   Luis  Filipe  Gomes  _

domingo, junho 08, 2014

Côr de liberdade de espírito




















Voar ,
não    importa   se   o  fazemos  ,  com   asas ,  
vassoura  ou   imaginação . . .

Necessário   mesmo  ,
é 
possuir  ,  

liberdade   de   espiríto.



 




imagem  _  Pamela  D .  Hill  _

sábado, junho 07, 2014

Côr de angelitos negros




 Pintor nacido en mi tierra
 Con el pincel extranjero
 Pintor que sigues el rumbo
 De tantos pintores viejos
 Aunque la virgen sea blanca
 Píntale angelitos negros
 Que también se van al cielo
Todos los negritos buenos
 Pintor si pintas con amor
 Por qué desprecias su color ?
 Si sabes que en el cielo
 También los quiere Dios
 Pintor de santos de alcoba
 Si tienes alma en el cuerpo
 Por qué al pintar en tus cuadros
Te olvidaste de los negros
Siempre que pintas iglesias
Pintas angelitos bellos
 Pero nunca te acordaste
De pintar un ángel negro .



 Letra  Andrés Eloy Blanco . Música  Manuel Álvarez Maciste . 






Desviado   d' aqui 

domingo, junho 01, 2014

Côr de criança

















Todos
os   dias  ,   há   crianças   com  fome  de   pão ,
todos   
os   dias ,  há   crianças   com   fome   de   afecto .

Todos  os   dias !









imagem  _  Albino   Moura  _