A _ cor _ dar , é preciso !


domingo, janeiro 29, 2017

Côr de abraço























Não 
há  gesto  mais  confortante  que  o  abraço. 
Não deveria ser chamado de abraço , uma vez que remete apenas ao entrelace dos braços. 
Na verdade, abraçamos com  o corpo  e com  a  alma. 
Não gosto de abraçar jogando o quadril para trás. 
Gosto de  abraçar tudo. Não gosto do abraço que pega pela cintura e levanta. 
Prefiro  aquele encaixe de corpos como se um quisesse  preencher  o outro. Gosto de abraços longos, lentos e apertados. 
Gosto do abraço que sente  a respiração  e  o  coração. Gosto de abraços com sorrisos largos e olhos vibrantes. Também não gosto do abraço que agarra pelo meio ou pelo pescoço. Prefiro o abraço em que o braço direito de um cruza em baixo do ombro 
esquerdo do outro e o esquerdo de um na parte superior do ombro direito do outro. 
Gosto  desse  encaixe.  
Gosto  de aproveitar o tempo do abraço para sussurrar elogios. Gosto também de aproveitar o tempo do abraço para encher o outro de beijo. Gosto de abraçar e soltar. Aproveito o intervalo para olhar nos olhos e falar  da alegria  pelo reencontro. 
Depois volto pro abraço. Costumo repetir esse gesto várias vezes.
 É muito gostoso  beijar e abraçar. 
É uma delicia abraçar por detrás, de lado ou de frente. 










Evaristo Magalhães 
imagem  _  Michael   Parker   _

segunda-feira, janeiro 23, 2017

domingo, janeiro 22, 2017

Côr de abrir























Abre
a  porta   àquilo  que   tem   que   partir ,
pois  a   perda   torna -  se   terrível  
quando 
obstruída  !









Rabindranath  Tagore  _   A asa e a luz _
imagem  _  Christian  Schloe _

quarta-feira, janeiro 18, 2017

Côr de ponte























Que
a   palavra  ponte ,
exista ,


sempre ,

entre   nós  !






 
imagem  _  George   Redhawk  _

sexta-feira, janeiro 13, 2017

Côr de mundo melhor




















 




Não   tarda ,
esperamos  , apenas , os   passageiros   que  lutam 
e   querem   que   esse  destino   exista .

Sem   esse   querer ,  o  comboio   tem   dificuldade   em    iniciar   a  marcha .

O   maquinista   já   chegou ,  e   quero   acreditar  ,  que   aos   poucos  , as   carruagens    ficarão    lotadas .

Quando   todos   se   aperceberem    que   esse   mundo   está   nós .



Oxalá  !

sexta-feira, janeiro 06, 2017

Côr de . . . na plenitude da paz

























Não quero amor
que não saiba dominar-se,
desse, como vinho espumante,
que parte o copo e se entorna,
perdido num instante.

Dá-me esse amor fresco e puro
como a tua chuva,
que abençoa a terra sequiosa,
e enche as talhas do lar.

Amor que penetre até ao centro da vida,
e dali se estenda como seiva invisível,
até aos ramos da árvore da existência,
e faça nascer
as flores e os frutos.

Dá-me esse amor
que conserva tranquilo o coração,
na plenitude da paz .







Rabindranath   Tagore
imagem _   Marta  Orlwka