A _ cor _ dar , é preciso !


quarta-feira, dezembro 31, 2008

Côr de ... um segundo .




Para todos .
e
sobretudo, que aconteça o que cada um considera
importante .!

terça-feira, dezembro 30, 2008

Côr de " encontros " .



Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas,
solstício de mel pelas escadas de um sentimento com nozes
e com pinhas .
Menino eras de lenha ,
e crepitavas porque do fogo o nome antigo tinhas ,
e em sua eternidade colocavas o que a infância pedia às andorinhas.

Depois nas folhas secas te envolvias de trezentos e muitos
lerdos dias e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes

te liberta e no manso natal que te conserta ,
só tu ficaste a ti acostumado.

Natália Correia

Este poema , oferecido num rolinho de papel com uma fitinha vermelha a segurá-lo, por uma desconhecida "conhecida " , que gosta e faz abraços , foi o presente que mais me emocionou .
Presente que me aqueceu a alma , derretendo algum gelo que nela se estava a instalar , tranformando-o em lágrimas , a forma primeira de a lavar !
Naqueles minutos ... foi Natal !
Bem Haja .

domingo, dezembro 28, 2008

sábado, dezembro 27, 2008

Côr de conselho .


Não
Faças inuteis despesas com os que ignoram em que consiste o belo .
Avaro também não sejas .
A justa medida , em tudo , é excelente
!

Não
tomes jamais a peito o que te poderia prejudicar
e
reflecte antes de agir
!

Pítágoras _ sec v a. c. _

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Côr de mensageiro .



Venho
agradecer , em nome de todos os animais , ditos irracionais ,
o não terem sido assassinados em prol da celebração da
natividade de um ser que , com certeza , com tal não
concorda !
E
Lamentar os que
morreram , para que o animal racional , chamado homem , festejasse a vida .
Amém .!

quinta-feira, dezembro 25, 2008

Côr de Bom Natal .


Todos os dias do ano , para todos !

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Côr de ... maravilhoso .



O maravilhoso é uma necessidade da alma humana .

E o que apelidamos de irreal é , na verdade , mais real do que habitualmente consideramos realidade.
Muitas pessoas , se tiverem coragem , não só perante os outros mas consigo mesmas, reconhecerão que os contos chamados mágicos , nos mergulham , por momentos , numa espécie de encantamento .
E porquê ?!
Porque , tudo não é só vivo , mas também animado e dotado de palavra ,
os animais , as plantas , os minerais ...
E as forças da natureza agem , nesse domínio do maravilhoso , com inteligência.
E quando , em certas circunstâncias especiais , o subtil , o irreal , o feérico , irrompem na nossa vida , sentimo - nos como uma árvore que vivendo num meio hostil , encontra , subitamente a sua floresta natal , onde pode enraizar-se , sem medos , e viver .!

terça-feira, dezembro 23, 2008

Côr de vieste .



Teus poros exalam o fumo
Do lar dos deuses de onde vieste.
Rompante de espuma e de lume
És sol quadrúpede ou mar equestre?
Desfilando derramas o ouro do teu rio inacabável,
Desmedido relâmpago louro
De um deus equídeo possante e frágil.
Tudo existiu para que fosses
No contraluz desta madrugada mitológica proporção perfeita
Em purpúrea bruma recortada.
Pois que te é divino mister humanos olhos extasiar .
A dúvida é só perceber ,
Se vieste do sol ou do mar.

Natália Correia

Donde veio ... somenos importância.
O importante é que veio ...
Como Tu !

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Côr de pequenos grandes pormenores .



Sendo
a velocidade da luz superior à da do som ,
é
perfeitamente normal que algumas pessoas pareçam brilhantes , antes de falar !
_ E casos há , que nem precisam abrir a boca _ . !

domingo, dezembro 21, 2008

Côr de Inverno .



No Inverno ,
muitos animais têm necessidade de hibernar.
De certa maneira o homem é convidado não

a hibernar , mas a entrar em si e fazer um
certo recolhimento e balanço.
Tal não tem vindo a acontecer ... antes pelo contrário .
Mas acredito que num futuro , e não muito distante ,

o ser humano volte a invocar Larfor , o Senhor
do Inverno , e volte a sentir necessidade de viver
determinadas épocas com o recolhimento que elas pedem.
Oxalá !

sábado, dezembro 20, 2008

Côr de cegueira ?!




os cegos acreditam na luz .
Os que têm olhos não acreditam
... vêem -na , simplesmente !

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Côr de menina azul .

Não deram resultado todas as esperanças,
que
eu tinha posto nos dias de hoje
!

Mas amanhã , se Deus quiser ,
logo de manhã , muito cedinho,
todas as esperanças começam
outra vez , à procura da
mimha vez
!

Almada Negreiros


Uma menina azul, linda por dentro e por fora , e que vive entre abraços e beijos , garantiu-me que sim , e eu acredito !

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Côr de grito .



Um uivo vindo das profundezas ecoa de orla
em orla rochosa, rola montanha abaixo e extingue-se
na longínqua escuridão da noite. É a erupção de uma
dor selvagem , cheia de desdém por todas
adversidades do mundo.
Todos os seres vivos , e talvez muitos dos mortos,
também prestam atenção a esse grito.
...
Apesar disso , por trás dessas óbvias e imediatas
esperanças e medos , reside um significado mais profundo ,
que apenas a própria montanha conhece.
a montanha viveu o bastante para escutar ,
objectivamente , o uivo de um lobo .


Aldo Leopold
Pensar como uma Montanha _ pequeno excerto _

domingo, dezembro 14, 2008

Côr de Bagdad Cafe .


Um dos filmes
com
magníficas interpretações e òptima banda
sonora.
!

sábado, dezembro 13, 2008

Côr de ... optimismo ?!



Quando viajo em transportes públicos, raramente me impaciento com a sua morosidade.
Dá-me prazer observar as pessoas e por vezes escutar algumas conversas.

Há dias , viajavam , no mesmo transporte que eu , duas pessoas que falavam , em tom de escárnio , de uma outra , ausente evidentemente , e da sua falta de optimismo em relação aos seus próprios problemas.


Não estava de acordo com as ditas personagens , por variasíssimas razões , mas dizê-lo , num autocarro , nesta terra , não é de todo aconselhável.

Então ,
Ser optimista é levar a vida com alegria , sorrindo , e quando nos perguntam - como estás ? respondemos _ Está tudo ! _
Ainda não percebi muito bem o que é _ estar tudo ?! _


Bem ... Escusado será dizer que quando saí , vim pelo caminho a pensar ...
O que é ser optimista ?!
Não será quase o contrário ? !

Não será enfrentar a realidade com os olhos bem abertos e tentando não nos deixarmos aprisionar por ela.
Com ou sem sorriso nos lábios .
Mas firmes nos nossos propósitos.
E sermos capazes de responder quando nos perguntam _como estás ? _
Não está tudo bem , mas com um passo dado hoje , pode ser que num possível amanhã esteja melhor .

E aí , até pudemos e talavez devessemos dar o tal sorriso .!

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Côr de Manuel de Oliveira .



" Longos dias têm cem anos " _ diz -se _
No caso deste portuense , por nascimento ,
em 11 de Dezembro de 1908 , foram , na sua maioria , dedicados ao cinema .
Arte que pela sua qualidade , lhe concedeu estatuto de cineasta de dimensão mundial.
Parabens não só pelo aniversário , mas pela eterna juventude , acompanhada por uma sensibilidade

extrema , no toca à imagem e à palavra .!

quinta-feira, dezembro 11, 2008

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Côr de Florbela Espanca .


Ser poeta é ser mais alto, é ser maior do que os homens !
Morder como quem beija.
É ser mendigo e dar como quem seja rei do reino de aquém e de além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja.
É ter garras e asas de condor.
É ter fome, é ter sede de Infinito.
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim.
É condensar o mundo num só grito . !


Florbela Espanca

Foi no dia 8 de Dezembro, de 1894 , que deu o seu primeiro grito para a vida .

domingo, dezembro 07, 2008

Côr de António Alçada Baptista.




Quando os seus amigos comentavam as fraquezas do Pedro , a sua falta de sentido prático / Teresa irritava-se / eles ainda não tinham percebido que grande parte do seu encanto vinha da capacidade de surgir com uma grande força , mas uma força desamparada e inofenciva. _ Ninguém o imagina como competidor , mas ninguém tem a coragem de ter pena dele /todos vocês são uns amadores e ele é o único profissional de viver _

.António Alçada Baptista _ excerto de " Os Nós e os Laços " _



Quando O descobri apaixonei-me pela sua alma " feminina " e pela forma como tratava os afectos .
Neste momento , é provável que o seu riso já se confunda com o de Deus , lendo os pensamentos dos homens.
Agradeço os arrepios e as lágrimas de emoção que algumas das suas obras provocaram no meu ser .

Côr de fractal .

Para contrariar , um pouco , o cinzento do dia e da urbe ...
A cor e beleza destes fractais
!
E
Bom domingo.
!

sábado, dezembro 06, 2008

Côr de durar .



Como dava beijos lentos ... durava - lhe mais os amores !

Ramón G. de La Serna

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Côr de ... deixaste o coração ?!



Nada do mundo mais próximo
mas aqueles a quem negamos a palavra , o amor, certas enfermidades, a presença mais pura .
Ouve o que diz a mulher vestida de sol quando caminha no cimo das árvores_a que distância da língua comum deixasteo teu coração?_
A altura desesperada do azul no teu retrato de adolescente há centenas de anos a extinção dos lírios no jardim municipal
O mar desta baía em ruínas ou se quiseresos sacos do supermercado que se expandem nas gavetas
as conversas ainda surpreendentemente escolares soletradas em família
a fadiga da corrida domingueira pela mata
as senhas da lavandaria com um "não esquecer" fixado
O terror que temos de certos encontros de acaso , porque deixamos de saber dos outros , coisas tão elementares ... o próprio nome .
Ouve o que diz a mulher vestida de sol quando caminha no cimo das árvores _a que distância deixasteo coração ? ! _

José Tolentino de Mendonça

segunda-feira, dezembro 01, 2008

domingo, novembro 30, 2008

Côr de poesia gestual .

Apesar de saber dos variadíssimos problemas que os surdos mudos ou apenas mudos enfrentam ... quando deparo com dois a conversarem na sua lingua gestual , fico como que hipnotizada.
Gosto muito de mãos , e momentos há , que trasmitem magia ... !

Quando vi este filme , considerei- o interessante.

Mas existe nele uma cena que me " obrigou " a revê-lo ...
A descrição das ondas do mar pela protagonista _ a actriz Marlee Matlin _

No movimento das suas mãos subindo pelo peito , com pequenas paragens , uma delas na zona do coração e uma outra na garganta ... vi o mar com as suas ondas , vi beleza , vi sentimento , vi poesia , vi êxtase , vi . . . e tudo em silêncio.

Admirei o mar na sua plenitude e na sua força , porque silenciosa , apaziguadora !

sábado, novembro 29, 2008

Côr de M. A. _ metadinha _


Tenho
Razão de sentir saudade, tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida em geral.
A comum aquiescência de viver e explorar os rumos de obscuridade sem prazo, sem consulta sem provocação , até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave do que o acto sem continuação, o acto em si, o acto que não ousamos nem sabemos ousar porque depois dele não há nada?
!Tenho
Razão para sentir saudade de ti , de nossa convivência em falas camaradas, simples apertar de mãos, nem isso, voz modulando sílabas conhecidas e banais que eram sempre
certeza e segurança.
Sim , tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza.
Nem nos deixaste sequer o direito de indagar porque o fizeste , porque foste
!



Drummond  de   Andrade


 Porque foste , estando cá ?! Há muitas formas de morte. Não querer viver é uma delas. Continuamos cá , como sempre . E quando acreditares em ti , acreditarás em nós. Tenho a certeza que nos encontraremos , se não for agora ... será mais tarde ... porque a amizade é eterna !

segunda-feira, novembro 24, 2008

Côr de Rómulo de Carvalho .



Inútil definir este animal aflito.
Nem palavras ,
nem cinzeis ,
nem acordes ,
nem pinceis
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pinceladas de zarcão desde mais infinito a menos infinito.!

_ Homem _

António Gedeão

Um pequeníssimo e mais que modesto lembrar do centenário do seu nascimento.
Um " obrigada " por tudo O que foi e escreveu.

domingo, novembro 23, 2008

Côr de concha das mãos .



Na montanha viviam dois ermitas que adoravam Deus e se respeitavam mutuamente.
Os dois possuíam uma bilha de barro.
Um dia o mais velho foi ter com o mais novo e disse-lhe _ Há muito que vivemos juntos. O melhor é separarmo-nos e repartirmos o que temos.
O mais novo respondeu _ fico triste com a tua decisão , mas se é assim que queres , assim seja.
Foi buscar a bilha e deu-a ao companheiro.
_ Não a podemos repartir , fica tu com ela _ .
O mais velho recusou . _ Não quero a tua caridade. Quero apenas o que me pertence ... metade da bilha .
_ Mas se a partirmos para que servirá ? Se concordares tiremos à sorte.
Mas o mais velho insistiu .
Temos que a dividir , não quero confiar à sorte os meus direitos.
_Faça-se o que desejas , vamos quebrá-la e reparti-la .
Foi então que o mais velho gritou ... _ Maldito cobarde , não és capaz de lutar ?!

Khalil Gibran _ O Louco _

Depois de lêr este conto , apercebi-me que toda a minha vida tem sido " um não partir bilhas " , e , menos ainda , " lutar por elas " .
Se não pode ser para mim , porque não para ti ?!
Não o faço , mesmo correndo o " risco " de ser apelidada de cobarde.
Há sempre algo que as substitua .
A concha das mãos !


Lutar por objectos . . . Não !
Lutar por objectivos , ideias , crenças , posturas . . . Sim .!

sexta-feira, novembro 21, 2008

Côr de René Magritte .



Será
Que algumas vezes vezes , senão sempre,

estamos a ser observados , por aquilo que
ingerimos ?!

quinta-feira, novembro 20, 2008

Côr de perspectiva .



Certo dia do mês de Junho , a erva disse à sombra de um álamo ...
_ Moves-te vezes demais da esquerda para a direita e pertubas a minha paz._
_ Eu não , eu não. _ Respondeu a sombra.
_ Olha lá para cima .
Há uma arvore que se agita ao vento , de Este para Oeste , entre o sol e a terra._
A erva olhou para cima e , pela primeira vez , viu a arvore .
E dise de si para si ...
_ Não sabia que havia ervas maiores que eu ! _

E ficou em silêncio .

Khalil Gibran _ em o Vagabundo _

terça-feira, novembro 18, 2008

Côr de ... poderia.



Penso que poderia desviar-me e viver com os animais.
São tão plácidos e retraídos .
Paro e fico a olha-los longa e longamente.
Eles não se angustiam nem se lamentam sobre a sua condição.
Não ficam despertos nas trevas , chorando pelos seus pecados
e
não me aborrecem discutindo as suas obrigações perante Deus.
Nenhum é insatisfeito ou enlouquecido pela mania de possuir coisas.
Nenhum se ajoelha ante o outro, nem ante os que viveram há milhares de anos .
Nenhum é respeitável ou infeliz sobre a terra inteira .
!


Walt Whitman


Penso ... tenho a certeza !

segunda-feira, novembro 17, 2008

Côr de ... é preciso .



É possível falar sem um nó na garganta ,
é possível amar sem que venham proibir ,
é possível correr sem que seja fugir.

Se tens vontade de cantar não tenhas medo ... Canta.
É possível andar sem olhar para o chão ,
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros .
Se te apetece dizer não grita comigo ... Não.

É possível viver de outro modo.
É possível transformares em arma a tua mão.

É possível o amor.
É possível o pão.
É possível viver de pé.

Não te deixes murchar.
Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.

É possível ser homem.
É possível ser livre .


Manuel Alegre

É preciso ...
acreditar .!

domingo, novembro 16, 2008

Côr de gradeamento .



Nem todo o corpo é carne ... Não , nem todo .
Que dizer de pescoço , às vezes mámore , às vezes linho , lago , tronco de arvore , nuvem , ou ave , ao tacto sempre pouco ... ?

E o ventre , insistente como lodo .
E o morno gradeamento dos teus braços.
Não meu amor ... nem todo o corpo é carne . . .
é também água , terra , vento , fogo ...

É sobretudo sombra à despedida , onda de pedra em cada reencontro , no parque da memória o fugidio vulto da Primavera em pleno Outono ...
Nem só de carne é feito este presídio .
Pois no teu corpo existe o mundo todo !

David Mourão Ferreira

sábado, novembro 15, 2008

Côr de levitante de instintos .



A paciência ,
é um gato a engolir a tarde num trago de ócio,
esse casulo suspenso sob a esteira das acácias onde o amarelo amadurece , aguardando, sabe-se lá que carta de destinos, no sono circular das esperas e dos deslumbramentos.


Havia de me pertencer esse saber felino de só pisar a erva no rasto seguro
e
levitante dos instintos e dos pressentimentos.

Havia de cobiçar com tamanha agilidade, o espólio da serenidade que só nos confins dos seus olhares de vidro solar se pode tomar quinhão.

Só com a paciência voltejante dos gatos se podem beber as paisagens incontempláveis,
as que se movem do êxtase da água para os domínios assombrosos do coração.

Paulo Ferreira Borges

quarta-feira, novembro 12, 2008

Côr de amor a Portugal .


. . .
_Porque recusa conhecer aquilo que existe à sua volta?
Não . Eu não vejo televisão portuguesa. Porque eu tenho que manter o meu amor a Portugal. Tenho que o manter a todo o custo. Portanto , estou muito numa redoma
_ É portanto uma forma de se fechar à realidade portuguesa para poder continuar a dizer que gosta de Portugal._
Portugal é o grande amor da minha vida. Eu não posso perdê-lo.
_ Sente que esse amor pode ser posto em causa se sair da redoma ?
Exacto . . . .

Pequeníssimo excerto de uma entrevista feita a Miguel Esteves Cardoso , por Carlos Vaz Marques , e publicada na revista Ler .

Será a forma mais correcta de amar.?!
Não sei até que ponto, é desta forma que todos amamos não só a Pátria , como também os nossos semelhantes.!
E talvez por não actuarem deste modo , haja ... os tristes e desencantados.
Será ?!

terça-feira, novembro 11, 2008

Côr de mandala .


Cada mandala
é
ao mesmo tempo um universo _ a unidade e a diversidade _
Com a sua forma _ circulo _ tem como centro o ponto.
Contudo , diz-se que o ponto não tem dimensão nem lugar.

Daí simbolizar a perfeição.
Podemos , então , dizer que no centro de tudo que é

_ circulo _ existe a chamada perfeição ?!

Oxalá .!

segunda-feira, novembro 10, 2008

domingo, novembro 09, 2008

Côr de ... com a natureza .



O dia pela frente . . .

Expirar ... inspirar ... expirar . . . !


Buda

sábado, novembro 08, 2008

Côr de Carmina Burana .



Gabriel
Agora que fizeste a grande viagem _ palavras tuas _ só podes ter sido recebido por Carl Orff.
Grande noite ... em que me apresentaste este Senhor.
Obrigada.
Continuarei a ouvi - lo aqui ... e tu , com a tua teimosia , obrigarás que te levem para um sítio onde exista a musica que sempre amaste.

Não te esqueças de guardar um bom lugar para o grupo .

Até sempre .!

quarta-feira, novembro 05, 2008

Côr de ... Nunca acontecido .



Apesar de ser avessa ao uso dado à política e mais ainda
a qualquer tipo de poder , seja ele preto, branco ou
outra cor ... considero que não se pode ficar indiferente
ao contentamento estampado no rosto , sobretudo , dos chamados Afro ... !
Daí ... congratulations Barak Obama.

terça-feira, novembro 04, 2008

segunda-feira, novembro 03, 2008

Côr de ... será ?!



" Sabemos que as palavras nos protegem do mundo "

Li algures. . .
Será
?!

E quem nos protege
de certas palavras
e
Sobretudo da intenção com que algumas são ditas ?!
Mais uma vez o
Silêncio ? !!!

sexta-feira, outubro 31, 2008

Côr da ... invisibilidade .


O final não tão violento , mas toda a restante situação ... " sem tirar nem pôr " !
O Sr. Simon Tofield , deve ter o dom da invisibilidade , e de quando em vez , vir cá a casa
!

quarta-feira, outubro 29, 2008

Côr de estrangeira .

Exerço
muitas vezes o ofício de estrangeira,
com pouca fé de que na impossibilidade da lingua,
se entenda , a natureza dos meus gestos
!

Marta Chaves _ in Criatura _

domingo, outubro 26, 2008

Côr de José Cardoso Pires .



_ 2 de Outubro 1925 _ 26 de Outubro 1998 _ .
_ Janeiro de 1995 , quinta- feira.

Em roupão e de cigarro apagado nos dedos, sentei-me à mesa do pequeno almoço onde já estava a minha mulher com a Silvie e o António que tinham chegado na véspera
de Portugal./
Sinto-me mal , nunca me senti assim, numa fria tranquilidade.
Silêncio brusco.
Eu e a chávena debaixo dos meus olhos.
De repente viro-me para a minha mulher : " Como te chamas " ?
Pausa . " Eu ? Edite " . Nova pausa . " E tu ? "
Parece que é Cardoso Pires " , respondi então .



José cardoso Pires _ De Profundis, Valsa Lenta _ .

Um homem , e escritor , ...que eu gosto !

sábado, outubro 25, 2008

Côr de normalidade .



Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim, não interessam os bons de espírito nem os maus de hábito.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o pior de mim.
Para isso só sendo louco.
Quero os santos para que duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril .!

Oscar Wilde

quinta-feira, outubro 23, 2008

Côr de Agora .



_ Muitos não sabem que o fracasso é o outro rosto do triunfo, que a doença é a irmã próxima da saúde, que o futuro é tão antigo como o passado, que a morte é o segundo nome da vida
e
ignoram , ainda , que o homem não é mortal porque morre , mas morre porque é mortal _

Excerto de uma crónica escrita por José Manuel dos Santos no jornal _ O Actual _

A crónica é básicamente dirigida a um determinado grupo, que até há pouco tempo era conhecido por yuppies .
Mas eu vou um pouco mais longe.
Ela servirá , também , para certa camada de gente , de ambos os sexos, que ainda não se apercebeu que egos inflamados e o atirarem á cara dos mais velhos a sua , pouco sábia , juventude , não a torna eternamente jovem ou até mesmo imortal.

E
Talvez o pior ... não permite , que os os velhos a torne ... fiel depositária do seu saber.
E
quanto a mim , essa forma de estar é que nos impede _ o ser livres _ .!

terça-feira, outubro 21, 2008

Côr de alterar .

Quando
olharmos para nós como se fossemos outro Ser,
perderemos
a necessidade de ser únicos ... .
!

domingo, outubro 19, 2008

Côr de F. Garcia Lorca / Leonard Cohen .



_ Mais perigoso com a caneta que com uma arma _
Calaram-lhe a caneta ... porém ... o poeta e a poesia são eternos !

sexta-feira, outubro 17, 2008

Côr de aforismo .


Todos
nós temos momentos futuristas ,
como
quando , por exemplo , tropeçamos numa pedra !

Fernando Pessoa

quarta-feira, outubro 15, 2008

Côr de olhos mutantes .



Ó decerto, são os olhos cinzentos/ o que primeiro se deseja,
parecem/ poder mudar de cor, conforme o tempo/

é a forma do rosto que transforma/ as coisas mais banais em precipícios/ onde a luz cai como uma neve fina/ depois o ágil sangue de palavras/ tão duras como o foi a madrugada/ quando cantou em vão ave de agoiro/ as pupilas da carne, entreabertas/ num distraído gesto, quase terno,/ quase de amor talvez, em outra lenda/ é o sopro da pele o que procuro/ o muro humano onde partilhe o tempo./



António Franco Alexandre ( excerto de poema )



Há dias deixaram-me _ chamando -lhe presente _ este belo exerto de poema .
Quem o fez não sabe o quanto tem a ver comigo o acima escrito.( ou saberá ?! )

Se me quizessem retratar _ mesmo a nivel facial _ talvez não o fizessem melhor !!!

Coisas da vida. ... E como não acredito no acaso , e estou aberta ao que possa surgir, mesmo que esse surgir não tenha sido própriamente pacífico ... e não passe deste momento,
aqui estou a agradecer o _ " presente " _ e , também à Existência que tudo permite .



Vale ? Para mim , Vale ... Sempre !

segunda-feira, outubro 13, 2008

Côr de yawp .


Não se iludam
Se acreditam que quem clama por calma e silêncio, não tem o seu momento de soltar o barbaro grito .
E o seu yawp tem mais consistência, na medida em que é lançado, apenas , de quando em vez
!

sábado, outubro 11, 2008

Côr de fadiga d' alma .



Se
encontrar a outra asa ,
vou tentar passar estes dois dias naquele sítio ... sim , aquele onde com um dedo se toca no céu.
Onde as estrelas são a única claridade , durante a noite.
Onde reina o silêncio e a paz.
Onde o cansaço desaparece , como por encanto.
Onde não é necessário falar. Entendemo-nos , todos , através da alma e do coração.
E sobretudo , onde podemos comer todas as espécies de frutos , sem sermos expulsos deste paraíso.

É pena ser necessário asas para lá chegar.
Mas acredito que encotrarei a que me falta , porque a Existência sabe que só lá existe o conforto para esta tão imensa fadiga .!

sexta-feira, outubro 10, 2008

Côr de ... superioridade na humildade .

" Humilhando-te , humilho-me a mim mesmo "

Numa determinada cultura e tradição Africana , o maior elogio que se pode fazer a alguém é reconhecer que possuí a espantosa qualidade ... o ubuntu .
Entre as variadíssimas caracteristicas que possuí _ ser amistoso , gentil , carinhoso , caridoso ... _ a mais importante , para mim , é ... _ não se sentir ameaçado pelas características dos demais, sobretudo as consideradas positivas , porque a sua auto - estima é produto da
consciência de que pertence a uma dimensão superior , onde todos existem .

Alguém que assume que é através de tudo o que o rodeia.

Que não há os mais e os menos.

Que cada um de tem o seu lugar e seu motivo de existir.



Inspirada na nota introdutória de um livro sobre Mahatma Gandhi

quinta-feira, outubro 09, 2008

Côr de subtil .


Uma força´
é tanto mais eficiente quanto mais silenciosa
e
subtil for !

Mahatma Gandhi

quarta-feira, outubro 08, 2008

Côr de musicus .



O homem
que toca a música , que toca o homem

não é músico.

O homem
que toca a música , que toca o homem
é
místico !

Paulo Teixeira Pinto