A _ cor _ dar , é preciso !


sábado, junho 27, 2015

Côr de fada madrinha




















_  Mãe ,
quando  nasci , estava  presente  a  fada  madrinha ?  _
perguntou  a  criança .
_   claro _  ,   respondeu  a mãe .
_   que  disse  ela  _

_  Que  ias  ser  uma  bela  mulher,  inteligente  e  sensível,    ias  ser  feliz  ,  portanto  _

A   criança   cresceu    . . .  . . .

_   Hó  Mãe  . . .   estas  características  ,  numa   mulher ,  não  transportam   felicidade  ,  pelo     contrário ,    afastam   . . .  _

E
Tu   e  a   fada   já  sabiam  _





imagem  _   Michael   Parkes  _

quarta-feira, junho 17, 2015

Côr de anseio














Anseio

que  as  minhas  palavras  possam  ser  substituídas  pelo  toque ,  pelo  sentir  . . .

 . . .   pelo  segredo  das  coisas  simples  e  raras .




Por 
favor . . .  . . .    leva - me  contigo  . . .





imagem _  Gregory  Colbert  _

quarta-feira, junho 10, 2015

Côr de Luís de Camões

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não do mar , meu Luís  mas dessa mágoa
Marchetada de tudo  apartada de quem
 não mais trouxer os olhos rasos de água
 por esta terra de ninguém.

 Não do mar , meu Luís  mas da raiz
 da nossa amarga pátria portuguesa
 chulando o mal de bernardim
 até á ultima grandeza.

 Não do mar , meu Luís  mas da galega 
 couve de  pranto aberta , pranto raro
 pranto tão canto que a cantar te quero
 neste deserto de quem fala claro . 
 


José Carlos Ary dos Santos

terça-feira, junho 02, 2015

Côr de não fales
















Preciso  do  teu  silêncio  cúmplice
sobre minhas falhas .
Não fales .
Um sopro , a  menor  vogal
pode  me  desamparar .
E  se  eu  abrir  a  boca ,
minha  alma  vai  rachar .
O silêncio , aprendo ,
pode  construir.
É um modo
denso / tenso
de coexistir .
Calar ,  às vezes ,
é  fina  forma de  amar.





Affonso Romano de Sant'Anna