A _ cor _ dar , é preciso !


sexta-feira, setembro 28, 2018

Côr de musica que gosto







Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais .

Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei .

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs .

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir .

Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente .

Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou .


Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora .

Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz   . . .






Composição  de  ALmir Sate e Renato  Teixeira

segunda-feira, setembro 24, 2018

domingo, setembro 23, 2018

Côr de Outono






 
A

Estação   que    serena
                                        as almas !











imagem  _    MC   _

domingo, setembro 16, 2018

Côr de escutar com paciência





















È
importante   permitir  que  cada  um  diga   o  que  pensa .
Porém ,  
é  necessário ,  muitas   vezes , encontrar  paciência , para  
ouvir  muito  do  que  é   dito !






imagem  _  Francine  Van   Hove  _

sábado, setembro 15, 2018

quarta-feira, setembro 05, 2018

Côr de desenhar uma casa




Primeiro abre-se a porta  .
Por dentro sobre a tela imatura onde previamente
se escreveram palavras antigas . . .  o cão , o jardim impresente ,
a mãe para sempre morta .

Anoiteceu , apagamos a luz e , depois ,
como uma foto que se guarda na carteira ,
iluminam-se no quintal as flores da macieira
e , no papel de parede , agitam-se as recordações .

Protege-te delas , das recordações ,
dos seus ócios , das suas conspirações.
Usa cores morosas , tons mais-que-perfeitos ...
o rosa para as lágrimas , o azul para os sonhos desfeitos .

Uma casa é as ruínas de uma casa ,
uma coisa ameaçadora à espera de uma palavra ,
desenha-a como quem embala um remorso ,
com algum grau de abstracção e sem um plano rigoroso .




Manuel  António de Pina 
imagem  _  Marc  Chagal  _

segunda-feira, setembro 03, 2018

Côr de ditaduras invisiveis .



















A mãe  abnegada  exerce a  ditadura da  servidão .
O amigo  solícito  exerce a  ditadura do  favor .
A caridade exerce a  ditadura  da  dívida .
A  liberdade de  mercado  permite  que você  aceite os  preços  que lhe  são  impostos .
A  liberdade  de  opinião   permite que  você  escute  aqueles que  opinam em  seu  nome .
A  liberdade de  eleição  permite  que  você  escolha o  molho  com o  qual  será  devorado .

  






 Eduardo Galeano  _   As   palavras   andantes  _
Imagem  _  Piero Fornasetti   _