
Ó decerto, são os olhos cinzentos/ o que primeiro se deseja,
parecem/ poder mudar de cor, conforme o tempo/
é a forma do rosto que transforma/ as coisas mais banais em precipícios/ onde a luz cai como uma neve fina/ depois o ágil sangue de palavras/ tão duras como o foi a madrugada/ quando cantou em vão ave de agoiro/ as pupilas da carne, entreabertas/ num distraído gesto, quase terno,/ quase de amor talvez, em outra lenda/ é o sopro da pele o que procuro/ o muro humano onde partilhe o tempo./
António Franco Alexandre ( excerto de poema )
Há dias deixaram-me _ chamando -lhe presente _ este belo exerto de poema .
Quem o fez não sabe o quanto tem a ver comigo o acima escrito.( ou saberá ?! )
Se me quizessem retratar _ mesmo a nivel facial _ talvez não o fizessem melhor !!!
Coisas da vida. ... E como não acredito no acaso , e estou aberta ao que possa surgir, mesmo que esse surgir não tenha sido própriamente pacífico ... e não passe deste momento,
aqui estou a agradecer o _ " presente " _ e , também à Existência que tudo permite .
Vale ? Para mim , Vale ... Sempre !
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