Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos . . .
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.
Eugenio de Andrade _ As mãos e os frutos , 1948 _
imagem _ Nicoleta Caravia _
1 comentário:
Grande, enorme Eugénio!
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