Como as inquietas aves ribeirinhas , também nós fazemos em Agosto a nossa safra de amoras , evitando com prudência os picos que as dificultam e tornam cobiçadas . Bendita sejas , irmã silva , que nos dás as amoras e os picos . Que de tudo se precisa nesta vida . [ Na outra , por enquanto não se sabe. ]
A.M.Pires Cabral imagem _ Edith Holden , A alegria de viver com a natureza _
Tantos equívocos num poema só. Não falando sequer de aves, sejam elas das margens dos rios ou das margens metafóricas do poeta Cabral, não são os "picos" que "tornam" as amoras cobiçadas não! É mesmo o seu sabor, a frescura do perfume que se liberta da sua suculência, a alegria com que a sua tintura pinta os lábios e deixa marca na pinça de dedos que as recolheu. Não! Não são picos, e por mais espinhosa que fosse a silva ,não preciso eu dos seus acúleos, nem eles me regozijam, mas entendo a sua presença.
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Tantos equívocos num poema só. Não falando sequer de aves, sejam elas das margens dos rios ou das margens metafóricas do poeta Cabral, não são os "picos" que "tornam" as amoras cobiçadas não! É mesmo o seu sabor, a frescura do perfume que se liberta da sua suculência, a alegria com que a sua tintura pinta os lábios e deixa marca na pinça de dedos que as recolheu. Não! Não são picos, e por mais espinhosa que fosse a silva ,não preciso eu dos seus acúleos, nem eles me regozijam, mas entendo a sua presença.
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