Dissolvo-me na sombra da paisagem , separo-me de nós , de mim , serei só quase a chama no carvão que fica ardendo noite fora , noite fora . Acordaremos , já sei , transparentes e sábios , do outro lado da criação do mundo . uma mão presa à luz , outra nas trevas , um só tronco de chamas , uma asa .
António Franco Alexandre _ Poemas , A . & A . _ imagem _ Michel Ogier _
E se fossemos pedras, não questionavamos, não pensávamos, não sentiamos as pisadas dos outros; pedras não sentem a noite escura, fria, noites solitárias,muitas vezes até pelas estrelas abandonadas. Mas...não há " corações de pedra " ? Escondem-se eles, cobardemente, ao contrário das pedras que ficam muito visiveis; só tropeça nelas, só as pisa quem não caminha com cautela; não enganam, as pedras, já os corações. .... Lindos e profundos, Maria! Obrigada. Um beijinho Emilia
2 comentários:
E se fossemos pedras, não questionavamos, não pensávamos, não sentiamos as pisadas dos outros; pedras não sentem a noite escura, fria, noites solitárias,muitas vezes até pelas estrelas abandonadas. Mas...não há " corações de pedra " ? Escondem-se eles, cobardemente, ao contrário das pedras que ficam muito visiveis; só tropeça nelas, só as pisa quem não caminha com cautela; não enganam, as pedras, já os corações. ....
Lindos e profundos, Maria! Obrigada. Um beijinho
Emilia
A barca da lucidez tem um preço, quem nela embarca sabe perfeitamente que, por vezes, o alimento se resume à dignidade.
Um beijinho, Maria :)
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