A _ cor _ dar , é preciso !


terça-feira, novembro 06, 2007

Côr de ainda.



Tu já me arrumaste no armário dos restos.
Eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos.
E das nossas memórias, começamos a varrer
As pequenas gotas de felicidade
Que já fomos.
Mas no tempo subjectivo,
Tu és ainda o meu relógio de vento,
A minha máquina aceleradora de sangue.
E por quanto tempo ainda,
As minhas mãos serão para ti
O nocturno passeio de um gato no telhado ... .!

Isabel Meyrelles

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