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sábado, dezembro 23, 2017

Côr de manso Natal

























Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas ,

menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.

Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado .

O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.








Natália   Correia
imagem _ William  Barnes

2 comentários:

AC disse...

As palavras da Natália, autêntica força da natureza, valem sempre a pena.
Um Feliz Natal, Maria!

Maria Rodrigues disse...

Um poema maravilhoso,uma excelente escolha.
Desejo-lhe um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de saúde, alegria, sonhos realizados, paz e amor.
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco