A _ cor _ dar , é preciso !


sábado, outubro 03, 2009

Côr de dia 3 de Outubro .



Mais um ano !

Porque os outros se mascaram mas tu não .
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão .
Porque os outros têm medo mas tu não .

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não .

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo .
Porque os outros são hábeis mas tu não .

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam , mas tu não.



Sophia de Mello Breyner Andresen




Ofereci - me este poema , porque ... sim !

13 comentários:

Luis Filipe Gomes disse...

O Francisco Fanhais cantava e julgo que ainda canta, este poema. A par do "vemos ouvimos e lemos...". Eram dois verdadeiros hinos contra a hipocrisia generalizada, a miséria e a guerra. Eu tinha doze anos e sentidamente cantei estes poemas até ás lágrimas. Acreditava que se podia melhorar o mundo fácilmente, desde que se tivesse determinação e que essa era a vontade de todos. Hoje acho que há mesmo gente que se alimenta do conflito e da destruição alheia. Por isso o meu caminho, como o teu, parece que não é o do rebanho, e isso paga-se. Como dizia o António Machado: "caminhante não há caminho, o caminho faz-se ao andar.

A oferta que te propuz na postagem do quadro que gostáste mantem-se de pé. Não tens de te sentir isolada.
Desejo o melhor para ti!
Luís

Renata Carneiro disse...

Muitossss Parabéns!!! :):):) um beijinho mt grande
Renata

paulo disse...

Minha Querida ,
Parabens . Mas não para ti . Para mim , porque conhecer - te foi um privilégio .


Hoje pode ser beijos e abraços ?

FA disse...

E porque hoje é O DIA, vou transcrever um poema de António Gedeão:
"Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos
onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos diz flores.
de tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.
Nas ruas ou nas estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros, gnomos e fadas
num halo resplandecente.
Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moínhos
D.Quixote vê gigantes.
Vê moínhos? São moínhos.
Vê gigantes? São gigantes."

Vê andorinhas? (na grelha...)
São andorinhas!
Beijinhos e mais uma vez PARABÉNS!

Lilazdavioleta disse...

Bom dia Luis ,
hoje estou parca nas palavras .

Agradeço - te a visita , as palavras e a oferta .

Também desejo o melhor para ti .
Maria

Lilazdavioleta disse...

Olá Renata ,
muito obrigada .

Um grande beijinho .

Maria

Lilazdavioleta disse...

Olá Paulo ,

sempre o mesmo exagerado .

Obrigada .

Um beijo

Lilazdavioleta disse...

Óh amiga FA ,
muito obrigada .

O poema é lindo . Gosto bastante deste Senhor .

Beijinhos

Paula Ramos disse...

Parabéns!
Por que os outros se mascaram mas tu não.
Parabéns!
Pelo teu aniversário.
Parabéns!
Pela capacidade de amar incondicionalmente.
Abraço!!!

Lilazdavioleta disse...

Paula ,
que surpresa boa .
Obrigada .

Um beijo.

Paula Ramos disse...

Nem sempre me manifesto, mas tento estou por perto. Beijos!

Paula Ramos disse...

*estar

Lilazdavioleta disse...

Paula ,
é recíproco .
Mas tu sabes .

Beijo